Os braços na dança do ventre muitas vezes são os maiores responsáveis por criar momentos mágicos, transcendentais em nossas apresentações. O público geralmente é tomado por uma espécie de encantamento ao ver uma bailarina dançar, sem saber ao certo o que o fez admirá-la especialmente já que muitos dos movimentos ou desenhos coreográficos são semelhantes as demais bailarinas. É neste momento único, na troca de energias entre bailarina e público, que ocorre a atração pela graciosidade, estilo, olhar, pelo "jeito" da bailarina... características exclusivas, únicas, próprias e intransferíveis, porque são frutos da essência da artista.
E onde entram os braços nesta questão?
Já que a dança do ventre é uma modalidade livre, onde aprendemos suas movimentações, posturas e regras características e podemos constantemente criar a partir deste aprendizado, utilizamos nossos braços e mãos (fortes condutores de energia do corpo) desenhando livremente no ar, ou em ondulações como molduras em torno dos nossos movimentos. Assim, os braços tornam-se principais delatores da nossa essência durante nossa dança... Se você assiste muita apresentação de dança do ventre note que dificilmente você presenciou movimentações de braços exatamente iguais em diversas, ou na mesma, bailarina (s). Isso porque durante uma improvisação as movimentações surgem de nossos sentimentos presentes que jamais serão iguais aos passados ou aos futuros. Portanto, espectador, aproveite cada visualização e, bailarina, aproveite cada sensação.
Para as alunas que iniciam seu caminho na Dança Oriental, segue algumas dicas sobre movimentações de braços:
Braços fluem em formas de oitos, ondas e círculos, prestando atenção no andamento fluente da da melodia, pontuar as paradas e respirações da música. Ondulações e movimentações sinuosas de braços são bem vindas na leitura de instrumentos melódicos da músicas oriental como: Nay (flauta), Alaúde (corda), Violino, Acordeon e outros.